Nos últimos dias, o mercado financeiro brasileiro acompanhou a valorização das ações da Americanas S/A, impulsionada pela divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2024. A companhia apresentou um lucro líquido de R$ 10,3 bilhões no período, revertendo o prejuízo de R$ 1,63 bilhão registrado no mesmo período de 2023.
Antes do anúncio dos resultados, no dia 13 de novembro, as ações encerraram o pregão cotadas a R$ 3,32. Após a divulgação, no dia 14, os papéis dispararam 181%, fechando em R$ 9,35.
Durante os dias seguintes, o valor atingiu picos impressionantes, destacando-se como uma das maiores recuperações recentes no mercado. Essa valorização reflete o impacto das iniciativas da companhia, incluindo a eliminação de quase toda sua dívida concursal e melhorias na receita anual.
No entanto, enquanto o mercado acionário demonstra alívio imediato, especialistas apontam que o mercado de crédito pode demorar mais para absorver os efeitos positivos dessa recuperação, evidenciando que o caminho ainda é desafiador. Neste artigo, trazemos Marcio Torres, especialista em análise de crédito, para comentar sobre os desdobramentos desses resultados e o impacto no mercado financeiro e de crédito.
A recente valorização das ações da Americanas no mercado acionário trouxe alívio para os investidores, mas os impactos no mercado de crédito seguem um ritmo diferente. Segundo Marcio Torres, especialista na área de crédito, os resultados financeiros divulgados para o terceiro trimestre de 2024 consolidam uma trajetória de recuperação já sinalizada anteriormente.
"Agora, com os demonstrativos de setembro, a novidade é a reversão do prejuízo, consolidando a melhora dos resultados, já sinalizado em junho com a melhora do Ebitda", destaca Torres.
Embora o mercado acionário tenha reagido de forma imediata e entusiasmada, Torres ressalta que o mesmo alívio ainda não se reflete no mercado de crédito. "Vale lembrar, contudo, que a notícia, mesmo sendo um alento para o mercado acionário, que assimilou rapidamente o bom resultado, ainda vai levar um tempo para que o mercado de crédito demonstra alívio semelhante, haja vista que as feridas ainda levarão um tempo até fechar", afirma.
Como já dito anteriormente, enquanto o mercado acionário celebra a reversão do prejuízo e os avanços nos resultados da Americanas, o mercado de crédito encara um caminho mais longo para recuperar a confiança. Como apontado pelo especialista Marcio Torres, embora os demonstrativos financeiros de setembro consolidem uma melhora nos resultados, as "feridas" deixadas pela crise levarão tempo para cicatrizar.
A recuperação no mercado de crédito exige a adoção de práticas que minimizem os riscos. Isso inclui análises detalhadas e contínuas, ajustes dinâmicos nos limites de crédito e o uso de ferramentas avançadas de gestão de risco.
Nesse contexto, soluções como a Alice Balanço e a Alice Relatório, desenvolvidas pela Itera, desempenham um papel crucial. A Alice Balanço otimiza a análise de demonstrativos financeiros ao padronizar dados e reduzir o esforço manual, enquanto o Alice Relatório fornece insights estratégicos e analíticos para tomadas de decisão embasadas.
Ambas as ferramentas não apenas aumentam a eficiência operacional, mas também garantem mais segurança em operações de crédito, contribuindo para a resiliência do mercado diante de crises.
O caso da Americanas S/A ilustra como o mercado acionário pode reagir rapidamente a sinais de recuperação, enquanto o mercado de crédito exige um período mais longo de adaptação e reconstrução. Como destacado por Marcio Torres, a consolidação da confiança financeira passa por uma gestão estratégica e um olhar atento às práticas de análise de risco.
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