A análise de crédito enfrenta hoje o desafio de lidar com volumes crescentes de dados, exigências regulatórias mais rigorosas e um ambiente macroeconômico volátil. Nesse contexto, a combinação entre inteligência artificial (IA) e análise humana qualificada emerge como uma resposta estratégica, capaz de transformar a tomada de decisão no setor financeiro. A integração desses dois vetores permite unir a precisão dos algoritmos com a sensibilidade do julgamento especializado, promovendo análises mais completas e assertivas.
Tecnologia como solução
Estudos de mercado reforçam essa tendência. Segundo a McKinsey, instituições que adotaram IA em processos de crédito observaram ganhos de eficiência de até 30% e redução de perdas por inadimplência em até 20% devido à capacidade dos modelos de prever riscos com maior acurácia. No entanto, a eficácia desses sistemas depende da validação humana, especialmente em casos de anomalias, empresas fora da curva ou setores com dinâmica contábil complexa — como agronegócio, infraestrutura ou startups de tecnologia.
É nesse ponto que soluções como a Alice Relatório se destacam. Desenvolvida pela Itera, a plataforma combina um motor de IA proprietário com a curadoria de especialistas seniores em análise financeira. A IA realiza a extração automatizada de dados a partir de demonstrações financeiras — inclusive em formatos não estruturados, como PDFs e SPEDs — e organiza as informações em estruturas padronizadas. A seguir, os analistas humanos interpretam os dados, contextualizam as métricas e redigem relatórios ricos em insights, já com pareceres embasados e recomendações específicas. Isso eleva a credibilidade do material entregue ao comitê de crédito e reduz a margem de erro na concessão.
A padronização promovida pela IA permite que os relatórios tenham consistência estrutural, facilitando benchmarks setoriais e a criação de políticas de crédito mais uniformes. Ao mesmo tempo, a participação do analista adiciona uma camada qualitativa que algoritmos, por si só, não são capazes de fornecer — como a identificação de riscos contingentes, indícios de maquiagem contábil ou alertas sobre mudanças estratégicas que impactam o risco de crédito de forma não mensurável via números.
Especialistas sêniores como garantia
Outro diferencial está na auditabilidade e segurança da informação. A Alice Relatório mantém um rastro de dados auditável, garantindo conformidade com normas como a LGPD. Além disso, a automação reduz riscos operacionais e retrabalho, liberando o time técnico para focar nas análises que realmente exigem intervenção humana — o que, na prática, resulta em ciclos mais curtos de análise e ganho de escala na operação.
Por fim, a convergência entre tecnologia e conhecimento humano permite atender tanto a instituições tradicionais quanto fintechs com critérios personalizados. O modelo híbrido do Alice Relatório suporta customizações para diferentes perfis de risco, segmentos econômicos e níveis de exposição, permitindo decisões mais embasadas, alinhadas à estratégia de cada carteira.